sexta-feira, 17 de junho de 2011

Comunidade Juvenil São Francisco de Assis: Uma porta aberta para novas oportunidades (Parte 3 de 4)

Jovens não chegam à Comunidade com os mesmos valores de antes

            Ao longo dos anos, a sociedade foi-se alterando a vários níveis, nomeadamente ao nível dos valores, das expectativas e da mentalidade das pessoas. No início do projecto, a instituição acolhia filhos de emigrantes e outros que viviam em situação de miséria ou de maus-tratos. Eram crianças que não conheciam bem a realidade e eram pobres, especialmente as que vinham das pequenas aldeias. Hoje, “não são tão pobres como dantes, mas são pobres de carinho e de ternura”, refere Maria Teresa Granado. Acrescenta, ainda, que estas “vêm mais fragilizadas, mais agressivas do que antes, devido à falta de afecto.”.
               Segundo Ana Abrantes, psicóloga da Comunidade Juvenil São Francisco de Assis, as crianças denominam o local de colégio como mecanismo de protecção, tendo noção do porquê de ali estar.
            A criminalidade é outro dos factores que, actualmente, preocupa os técnicos da instituição pois acolhem jovens “pré-marginais” que têm, regularmente, atitudes de risco para com a Comunidade, sendo necessária, por vezes, a intervenção da polícia. Maria Teresa Granado defende que “o governo deve criar instituições próprias para estes jovens”.


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